1 Pedro

ELEITOS DE DEUS

08:21Apenas Evangelho


por Flávio Santos

1Pedro 1.1,2

Os servos de Deus, além de conhecidos como cristãos, são conhecidos como eleitos de Deus. Sendo eleitos de Deus são de propriedade exclusiva de Deus. Vivem de Deus e para Deus. É um pertencimento que não acontece por nacionalidade ou religiosidade. Mas, sobretudo, por escolha. Pois ainda que o eleito de Deus não esteja geograficamente dentro dos limites da nação santa e nos ambientes do sacerdócio real, ainda é geração eleita de Deus.

A eleição acontece por um pré-conhecimento de Deus. Deus escolhe por presciência. Isso não tem a ver com os olhos do Senhor que rompem o tempo-espaço-história e enxergam pessoas O escolhendo, para daí, então, escolher. Ou seja, Deus elegendo baseado em escolhas que os homens fariam. Escolha por presciência é Deus conhecendo pessoas, não obras. Deus escolhe pessoas pela graça, sua graça eficaz. Presciência é graça! Deus escolhe baseado em seu amor, não no amor do homem.

No processo da efetivação da eleição no coração do homem a obra do Espírito Santo é evidenciada. É o Espírito Santo quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo e o vocaciona eficazmente para receber a eleição de Deus. Pedro chama a atuação do Espírito de santificação ou obra santificadora. O pecador eleito recebe a obra do Espírito Santo e é santificado para Deus. O Espírito Santo é quem leva o pecador eleito até Jesus. Lutero disse: “Por minha própria razão ou por minhas próprias forças não posso crer em Jesus Cristo nem ir a Ele".

É o Espírito Santo quem gera a obediência necessária para a salvação. O Espírito Santo produz fé e arrependimento no coração do Eleito. É nesse processo que o homem é lavado e remido no sangue de Jesus. O sangue que foi derramado na cruz é suficientemente poderoso e eficaz para lavar qualquer pecador que for apresentado diante de Jesus. Aspersão no sangue diz respeito à cura, pois Jesus levou sobre si as nossas enfermidades; à consagração, pois no sangue fomos feitos sacerdotes de Deus; ao relacionamento com Deus, pois agora temos livre acesso à sua presença.

Aos eleitos de Deus que estão dispersos pelo mundo, enfrentado crises e perseguições, são concedidas a eles, por Deus, graça e paz. Favor e tranquilidade de Deus. O que Pedro quer é o bem estar dos eleitos de Deus. Por graça entende-se que todo o processo de eleição é livre vontade de Deus e por paz entende-se que o eleito de Deus agora tem paz com Deus, consigo mesmo e com o próximo. Por isso que elas devem ser multiplicadas na vida dos servos de Deus.

Assim, o eleito de Deus está seguro, porque sua eleição não está baseada em si mesmo e em suas atitudes. Pois se a eleição estivesse estribada nele seria relativa. Em um momento estaria eleito e em outro, não. Deus não firmaria algo tão sério, a eleição do homem, na subjetividade humana. Ora, se assim fizesse a salvação seria subjetiva. Por isso, Deus firmou a eleição do homem em si mesmo. Na obra da Trindade: Pai, Filho e Espirito Santo. Nesse sentido, estamos bem seguros nos braços da Trindade que nos elegeu.

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