NÃO SÃO SÓ “CONFETES”!

10:21Apenas Evangelho

E, aproximando-se um escriba, disse-lhe: Mestre, eu te seguirei aonde quer que fores. Jesus lhe respondeu: As raposas têm tocas, e as aves do céu, ninhos, mas o filho do homem não tem onde descansar a cabeça.
Mateus 8:19-20









por Sandro VS

Milagres! 

Milagres são o que compõe o contexto imediato desta passagem. 

Primeiro Jesus cura um leproso apenas estendendo a mão e o tocando, depois, ao entrar em Cafarnaum, é abordado pelo chefe romano de uma guarnição de cem soldados rogando-lhe que curasse um servo seu que estava sofrendo horrivelmente e, ao concordar em ir até sua casa, Jesus fica admirado com a fé do centurião que cria piamente que a autoridade de Jesus era tamanha que bastaria uma palavra Dele e seu servo ficaria são, GRANDE MILAGRE! E quando Jesus procura descansar na casa de um dos seus discípulos, Pedro, se depara com a sogra deste adoentada e mais uma vez apenas com um toque a cura. Isso desencadeia uma série de outros milagres e libertações, pois a notícia corre muito rápido pela circunvizinhança. 

Não se sabe ao certo desde quando este escriba presenciava tudo, se desde o monte onde Jesus aplicou um maravilhoso sermão acerca do cumprimento perfeito da Lei em Si, ou desde o episódio do leproso, ou ainda do centurião ou da casa de Pedro, mas uma coisa é fato, ele se impressionou com Jesus. 

Um escriba era um doutor, alguém versado na lei mosaica e nas sagradas escrituras. Eram também intérpretes e professores dela. Os escribas eram responsáveis por examinar as questões mais difíceis e delicadas da lei e, assim, acrescentavam à lei mosaica decisões com a intenção de elucidar seu significado e extensão. Faziam isto em detrimento da religião. Como o conselho de homens experimentados na lei era necessário para o exame de causas e a solução de questões difíceis, eles tornavam-se membros do Sinédrio, por isso são sempre mencionados em conexão com os sacerdotes e anciãos do povo. 

O que este homem viu em Jesus foram milagres! 

Ficou impressionado com o que Jesus fazia e por isso confessa um desejo irresistível de estar onde Jesus estivesse. Como conhecedor da Lei não se impressionou com o que Jesus ensinava, pois sobre a Lei ninguém precisava mais ensinar nada a ele, mas os sinais não vinham com o doutorado, por isso quer ver todos quanto possíveis. 

Mas Jesus nunca enganou ninguém. 

Sabe da motivação que impele o tão “disposto” escriba e apresenta logo o pacote completo do Evangelho: “nem tudo são flores meu filho!”. 

Jesus diz que até os animais têm residência fixa e conforto, enquanto Ele não, ou seja, com ou sem milagres o único conforto no fim do EVANGELHO é a Cruz com os seus cravos. 

Jesus não tratou de apagar o entusiasta, mas sim de mostrar a ele que o entusiasmo que fantasia a realidade tem um prazo de validade muito curto. Ninguém poderá jamais dizer que seguiu a Jesus enganado, pois Jesus é absolutamente franco. 

Encerro com uma estrofe de um hino muito antigo e pouco cantado hoje: 

“Graças pelo azul celeste e por nuvens que há também, 
Pelas rosas do caminho e os espinhos que elas têm. 
Pela escuridão da noite, pela estrela que brilhou, 
Pela prece respondida e a esperança que falhou”. 

Soli Deo Glória!

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