QUEM É MEU PRÓXIMO? O AMOR RESPONDE.

10:11Apenas Evangelho

Leiam Lucas 10: 25-37


















por Sandro VS

Jesus sempre foi questionado pelos religiosos de sua época e isto, na maioria das vezes, aconteceu de maneira explícita, mas, algumas vezes isso se deu de maneira implícita como neste texto. 

O escriba, muito sutilmente, começa sua tentativa de descreditar Jesus. Primeiro, o chama de Mestre, o que vindo de um escriba era muito honroso, pois tais homens eram mestres da lei, depois, se mostra "realmente" interessado nos temas pregados por Jesus, pois, faz uma pergunta que fazia parte dos Seus ensinos, mas, por fim, mostra que fez todas estas coisas com a intenção de expor Jesus ao ridículo quando suas respostas fossem contrárias às suas interpretações da Lei. 

Jesus então dá uma chance ao escriba petulante de obter a resposta por si mesmo, primeiro pergunta: "o que diz a Lei a este respeito?", e visto a vida eterna não ser uma temática aprofundada do Antigo Testamento acrescenta: "como você lê?"

Mais uma vez, ardilosamente, o escriba dá uma resposta para agradar a Jesus, pois, nem de longe interpretava a Lei daquela maneira, mas, apenas repetiu a interpretação de Jesus acerca da Lei para poder colocar em prática a velha tática de debate: "Defina esses termos, o que você quer dizer com o próximo?"

Jesus então propõe uma parábola que, no uso bíblico, é usada para comparar ou contrastar uma realidade natural com uma verdade espiritual, sendo assim, o exemplo da estrada citada por Jesus como local da história é real e histórico, pois o caminho de Jerusalém a Jericó era um caminho reconhecidamente perigoso, que corria entre desfiladeiros rochosos e que, por isso, faziam dali um lugar ideal para os ladrões de caminhantes e turistas. 

O viajante, o único a quem Jesus não define nacionalidade ou ofício, era obviamente uma pessoa descuidada, pois, pessoas raramente tentavam cruzar sozinhas este caminho. O sacerdote e o levita, sem poder identificar o estado do homem, pois Jesus diz que estava quase morto, passam de longe, e isto para não correr o risco de se contaminarem ao tocar em um morto e assim se tornarem cerimonialmente impuros. 

Surge então o elemento essencial da parábola, o samaritano, que na expectativa do escriba deveria ser o ladrão espancador, mas, na verdade foi quem se encheu de amor pelo espancado. 

O ensino se resume em que o samaritano, mesmo sendo alvo de preconceito dos judeus e, consequentemente, rejeitado por eles, não se ateve a isto, mas, antes, viu a situação do homem e o ajudou sem procurar saber sua nacionalidade ou ofício, enquanto os dois religiosos estavam mais preocupados com seus ritos e cerimônias do que com o homem que poderia ser um compatriota, por isto vem à pergunta: "quem te parece ser o próximo deste homem?"

O escriba, mesmo envergonhado por ter visto a situação virar contra si, pois cai na própria armadilha que preparara para Jesus, mostra toda a sua falta de amor na resposta, pois ao invés de dizer "o samaritano" diz: "o que teve misericórdia"

Mas Jesus, sendo AMOR, ainda dá a ele outra chance ao encerrar o assunto dizendo: "VAI E FAZE O MESMO"

Os religiosos, antes de "destilar seu amor", sempre procuram saber quais são as pessoas dignas dele. 

A resposta de Jesus a estes é clara: "Caminhem APENAS com a consciência do EVANGELHO, e vocês tropeçarão em pessoas necessitadas de amor, não porque o Pai vai colocá-las nos seus caminhos, mas porque só assim vocês vão passar a enxergá-las"

Soli Deo Glória!

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