VOU PESCAR...

08:47Apenas Evangelho

por Flávio Santos

João 21. 1-14

Depois da ressureição, Jesus manifestou-se algumas vezes aos seus discípulos. Essas aparições tinham propósitos específicos. 


Neste texto, Ele se manifesta junto ao mar de Tiberíades, pois os discípulos tinham decidido, neste mar, pescar. Eles já O tinham visto, mas, ainda, não tinham entendido que a ressurreição era a garantia da continuidade da vida que eles tinham tido anteriormente com Cristo. 

Pedro é quem decide pescar, os outros vão atrás. Pedro, por já tê-Lo visto ressurreto, volta ao mar para que Jesus o encontre ali novamente, e tudo aconteça novamente. Pois foi em uma pescaria que teve seu primeiro encontro com Jesus. 

Somente o Cristo Ressurreto poderia encontrá-lo em uma situação parecida, como a de quando tudo começou. 

Pedro queria a possibilidade de um reencontro, de uma nova vida, de um novo chamado... Tudo novo. 

Ele havia ido até o túmulo vazio; visto o Cristo e recebido Dele a paz. Mas, queria mais, queria algo que tivesse a intensidade do primeiro chamado. 

A ressurreição mostrou a Pedro a possiblidade de, sempre, voltar ao lugar onde O havia encontrado, como da primeira vez, numa pescaria. A mesma praia, o mesmo mar, talvez, até o mesmo barco. 

Foi em uma pescaria que Jesus entrou em seu barco; que ouviu a palavra do Evangelho; que lançou as redes/vida sobre a Palavra de Jesus; que milagrosamente pescou muitos peixes; que se reconheceu pecador; que, pela graça de Cristo, recebeu o chamado para viver com Cristo, e ser um pescador de homens. 

Pedro queria muito mais do que aparições e desaparições de Jesus. Ele queria relacionamento, intimidade, tudo como antes. Entendia como poucos, que o Cristo Ressurreto poderia proporcionar a ele tudo novamente. 

Na viagem de volta ao princípio de tudo, Pedro recebeu sinais de que havia a possiblidade de experimentar tudo de novo. 

Eles não pescam nenhum peixe; Jesus se apresenta na praia; eles não reconhecem Jesus de imediato; Jesus manda que lancem a rede novamente – tudo como da primeira vez. 

Pedro, então, lança-se, não somente às águas, mas, também, à possibilidade do novo para sua vida. 

Na praia, com o Cristo Ressurreto, Pedro recebe o perdão para um novo começo. Não há diretamente Jesus dizendo que eles estavam perdoados. Mas a cena toda mostra-nos isso. 

Jesus os chama de filhinhos, mostrando que eram queridos, filhos de Deus, prepara para eles, uma refeição de comunhão e os chama para jantar, dando a eles pães e peixes. 

Jesus se manifestou ressurreto aos seus discípulos para mostrar que a ressurreição Dele, era a ressurreição de tudo o que eles tinham vivido juntos... 

... Nada Inédito, porém, tudo novo. 

O convite da Ressurreição de Cristo é para que nós nos lancemos sem medo às águas de seu perdão, e nademos até à praia do “Novo Dele” para novas vidas e comamos da refeição da intimidade que nos mostra que Ele continua sendo o Senhor de nossas vidas. 

Apenas no Evangelho, que pela ressurreição, viveremos nada inédito, porém, tudo novo.


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