CUIDADO COM A ESPIRITUALIDADE HIPÓCRITA.
12:08Apenas Evangelhopor Flávio Santos
Espiritualidade verdadeira é aquela que não precisa de exterioridades para provar que aquele que é espiritual é habitado pelas palavras de Jesus, que são espírito e vida. Diametralmente à espiritualidade autêntica está a farisaica, hipócrita, que precisa de afirmações exteriores para se autoafirmar como espiritual.
Espiritualidade hipócrita carrega o desejo de rogar para si prerrogativas que evidenciarão um ápice espiritual inalcansável por aqueles que, aparentemente, não exteriorizam qualquer fator espiritual, mas que têm como conteúdo interno, o evangelho espiritual de Jesus Cristo.
Espiritualidade hipócrita grita nos templos, nos círculos religiosos, nas ruas e em qualquer lugar que se tenha ouvidos prontos a ouvir suas palavras cheias de frases formadas pelo vocabulário gospel. O desejo de quem vive esse tipo de espiritualidade, não é viver em silêncio contemplativo à Glória de Deus e, deixar que os frutos produzidos pelo evangelho da graça de Deus, gritem por si só aos ouvidos Daquele em que a nossa espiritualidade tem que chegar e, encontre eco, nos ouvidos dos que hão de herdar a vida eterna. Mas gritar até que a única voz a ser ouvida é a de sua religiosidade hipócrita. Assim, estão longe da espiritualidade proposta pelo evangelho.
Espiritualidade hipócrita veste as roupas da religião, querendo esconder os desejos mais perversos, as afeições mais estranhas e, por fim, sua depravação total. Não sabem que essas roupas apenas vestem o corpo, mas o corpo do pecado está despido diante de Deus que sonda-nos até às entranhas. Viver esse tipo de espiritualidade gera doença e morte, porque ninguém pelas roupas da religião será justificado diante de Deus. Esse tipo de espiritualidade precisa se despir de suas obras, e se deixar vestir pelas vestes da graça de Deus.
Espiritualidade hipócrita faz campanhas intermináveis de oração e jejum para mortificar a carne, achando que com as suas obras piedosas de jejum e oração subjugarão a carne do pecado. Não entendem que campanhas tem hora para começar e terminar, e a suposta santidade que se alcançou nestes períodos, acabam quando a campanha termina. Caminhar assim escraviza a alma em períodos de consagração a Deus. Precisamos viver uma eterna campanha de jejum e oração diante de Deus, sabendo que se jejua do pecado e das obras da carne quando se anda no Espírito, e se recebe a justiça de Cristo que mortifica a carne. Então, não devemos orar e jejuar? Sim, com toda convicção e fé, porque os tempos são difíceis. A oração e o jejum no evangelho não são campanhas, mas momentos de contemplação a Deus que fazem bem à alma. Esses momentos nunca podem ser um fim em si mesmo.
A espiritualidade do evangelho não precisa de gritos desesperados de autoafirmação; de roupas rasgadas da religião; de campanhas intermináveis de jejum e oração.
A espiritualidade do evangelho tem em Jesus sua única necessidade.
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