A TÁTICA EFICAZ.

10:51Apenas Evangelho

Agora, já pela terceira vez estou pronto para visitar-vos. Eu não serei um peso para vós, porque não procuro o que é vosso, mas sim vós mesmos. Pois não são os filhos que devem guardar seus bens para os pais, mas os pais para os filhos. De muito boa vontade gastarei o que tenho e me deixarei gastar pela vossa vida. Se vos amo mais intensamente serei eu menos amado por vós? De qualquer forma, não fui um peso para vós, mas como sou hábil, vos apanhei com engano!
II Corintios 12:14-16

por Sandro VS

Mais uma vez para evitar a redundância e facilitar o entendimento do texto peço que leiam os posts CRUZ OU ESTACA?  e MINHA VIDA, MEU MINISTÉRIO. 


Assim sendo, gostaria de repetir algo que escrevi no segundo post: 


“O Dr. Schweitzer relatou o momento que lhe outorgava maior felicidade. Chegava ao hospital quando alguém sofria intensamente. Tranquilizava a pessoa dizendo que a faria dormir, que a operaria e que isto lhe faria bem. Depois da operação se sentava ao lado da pessoa esperando que recuperasse os sentidos. A pessoa, muito devagar, abria os olhos e os ouvidos e sussurrava com grande surpresa: "Não sinto mais dor." Esse era o grande momento para Schweitzer. Não há nisto nenhuma recompensa financeira ou material, mas existe sim uma satisfação profunda no coração”. 

É com este pensamento que Paulo exerceu seu ministério entre os Coríntios, isto é, não só abrindo mão de encargos desta igreja, mas, também, se importando mais com as pessoas que lá viviam, oferecendo a elas o Evangelho, do que com o que elas tinham a lhe oferecer. 

Considerava-se como o Pai de todos os que haviam crido no anúncio do Evangelho e, por isso, via seu ministério como algo que os Coríntios, como seus filhos, poderiam herdar. 

Assim, Paulo inverte a lógica dos Coríntios, pois eles criam que "apóstolos" eram aqueles a quem eles tinham que pagar pelo serviço, enquanto Paulo está disposto a gastar não só o que tem, mas também o que é, por amor a eles. Agindo assim, o apóstolo nunca foi um incômodo financeiro para os Coríntios, mas pelo contrário, seu voluntariado sempre foi evidente. 

A ironia de Paulo ao final deste raciocínio é tão sutil quanto fantástica! 

Paulo, diz que enganou os Coríntios agindo contrariamente ao engano a que eram alvo, ou seja, enquanto os falsos "apóstolos" os enganavam cobrando pelas mediações entre eles e as bênçãos que Deus podia conceder, Paulo anunciou a fonte de todas as bênçãos, o Evangelho, sem usurpar em nada os Coríntios, portanto, habilmente como ele mesmo diz, os enganou sem praticar engano algum, pois o único "artifício" usado pelo apóstolo consistia em sua recusa em receber deles seu sustento. Com isso, os havia desarmado e impedido de acusá-lo de estar interessado somente em dinheiro. 

Esta estratégia é pouco usada hoje, pois o que se alastra como uma epidemia, é a tática do “quanto mais você der, mais será recompensado”, por isso, convido a todos os que querem gastar suas vidas por pessoas e não pelo que pessoas podem dar, a ENGANÁ-LAS

Sim, ENGANÁ-LAS

Pois, APENAS no EVANGELHO podemos amá-las e esgotar todas as nossas forças ao fazê-lo!


Soli Deo Glória!

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