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UM JUSTIFICADOR E UMA ÚNICA JUSTIÇA PARA OS IGUAIS.

10:30Apenas Evangelho

Leiam Gálatas 2















por Sandro VS

A carta escrita por Paulo aos Gálatas é a confissão de alguém que via todo o seu trabalho comprometido, pois o apóstolo, que havia se cercado de todas as garantias para que igreja da Galácia nascesse e vivesse unicamente pelo Evangelho da graça, agora estava sendo assombrado pelos judaizantes que queriam impor aos gentios a obsolescência cerimonial da Lei. 



Uma das garantias em que Paulo se estriba é o aval dos líderes da igreja na Judéia, pois na reunião que houve entre eles ficou acordado que os gentios não teriam que se transformar em judeus para ter acesso à igreja, mas bastava-lhes apenas viverem como cristãos (Atos 15:1-35). 

Porém, Paulo narra aqui um episódio em que Pedro, mesmo tendo participado e até se pronunciado a favor da decisão na ocasião, na pratica, dissimulou e, assim, incentivou exatamente a diferença que propôs não existir. O colérico apóstolo dos gentios não podia deixar esta atitude sem repreensão, e trata de, a partir da postura errada de Pedro, mostrar que o Evangelho vai muito além de decisões tomadas em reuniões solenes, isto é, viver o Evangelho vai muito além do que apenas concordar com ele. 

O raciocínio é simples, uma vez que alguém se tornava cristão e fazia parte da Igreja, estava entendido que ele haveria de deixar de ver-se como diferente dos demais, pois, perante Deus, o homem não é judeu ou gentio, pobre ou rico, mas simplesmente um pecador por quem Cristo morreu. Esta é a razão para a indagação indignada de Paulo: "Se você, sendo judeu, tem vivido aqui, todo este tempo, como gentio, por que agora quer que os gentios vivam como judeus. Que incoerência é essa?". Isto é, se, diante de Deus, o que nos torna iguais, é o fato de que todos pecaram, porque haveria Deus de nos salvar de diferentes modos? 

Portanto, Paulo ensina aqui que da mesma maneira que não existe diferença no julgamento de Deus para com os homens, também não existe diferença na maneira Dele livra-los da condenação, ou seja, ninguém poderá justificar-se diante de Deus achando que, por produzir as obras da Lei, é diferente e privilegiado por isto, mas, a justificação vem somente da fé na obra Daquele que nunca pecou. 

O fim do argumento é perfeito! 

Se o fim da Lei foi a morte e ressurreição de Cristo, e nós, pela fé, fomos incluídos neste processo, é obvio que, à semelhança de Cristo, nós também morremos para a Lei e suas obras meritórias, pois o pecado que nos dominava nos impossibilitou de cumprir a Lei de fato. 

Se assim não fosse, porque Jesus Cristo morreria? 

Portanto, ser justificado pela fé implica em ser crucificado com Cristo, para que, depois de experimentar a sua morte, poder viver a sua vida! 

O problema de hoje não são os judaizantes que ainda continuam vigiando a nossa liberdade em Cristo Jesus, mas, sim, a falta da manifestação dos justificados que, por sua omissão, deixam que a igreja se torne um bazar de ofertas que visam méritos e privilégios diante de Deus e, assim, prive os pecadores da graça justificadora. 

É APENAS no EVANGELHO que a justiça é um favor de Deus a todos os iguais. 

Soli Deo Glória!

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