Reflexões

A TEOLOGIA DOS SETE A UM.

14:43Apenas Evangelho

Por isso, eu me contento nas fraquezas, nas ofensas, nas dificuldades, nas perseguições, nas angústias por causa de Cristo. Pois, quando sou fraco, então é que sou forte. 
II Coríntios 12:10









por Sandro VS

Já se passaram quase cinco meses do fatídico jogo do Brasil contra a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo de 2014, mas este assunto ainda é tão atual quanto qualquer outro em nosso país.

Em clima de retrospectiva, muitos tentam discutir as implicações deste resultado na historia do país do futebol como um todo, mas exageros a parte, não restam duvidas de que tudo o que envolveu a partida proporciona varias analogias que enriquecem qualquer assunto.

De um lado tínhamos um país que é associado, quase que homogeneamente, ao esporte em questão, de maneira que, para a maioria, o talento para o futebol é para o brasileiro como o sangue para o corpo, ou seja, vem na concepção. Portanto, quando o assunto é futebol, a maioria de nós é tão visceralmente arrogante e prepotente que exigimos o melhor resultado contra quem quer que seja.

Do outro lado tínhamos um país de primeira escala em assuntos mais importantes do que um mero jogo de futebol, mas que sempre procurou manter-se, também, na prateleira de cima do esporte. Sempre rotulados como frios e insensíveis no assunto, nos últimos anos “batiam na trave” quando enfrentavam seleções que jogavam com mais intensidade o esporte.

Mas nesta competição expressaram, na mesma medida que a futebolística prepotência visceral brasileira, uma humildade e “fraqueza” como nunca antes haviam demonstrado e o resultado foi uma conquista incontestável e um placar inesquecível não só contra a seleção que, em tese, encarna o futebol, como também contra um país que incorpora este esporte.

Em resumo o que o 7x1 constatou foi à derrota do que confiou na sua tradicional força e a vitoria do que cansou de confiar na sua competência e resolveu assumir sua fragilidade no esporte.

Pois bem.

O apóstolo Paulo é um ícone neotestamentário e isso não se discute.

Mas o que também não se discute é que ele nunca se viu assim, ou pelo menos nunca assumiu esta posição, pelo contrario, sempre se viu como um menor e até mesmo como um insignificante na historia apostólica. Isso só nos mostra que no Evangelho os “dignos” de imitação, honra ou atenção são exatamente aqueles que não vêem em si mesmos qualidades para obter tais considerações.

O versículo citado acima está dentro deste contexto, pois Paulo se refere a um episódio transcendental que sofrera e que desencadeou em seu coração uma soberba incômoda. A solução divina para este estado do apóstolo foi hospedar nele um “espinho” para fazê-lo lembrar-se de quem era, isto é, um fraco.

Assim o que nos é ensinado neste texto é que a impotência assumida diante da existência nos proporcionará da parte de Deus 
não só uma superação sobre a própria realidade vivida, mas, também, nos fará dominar à soberba que nos é inerente. 

Portanto, é só quando abraçamos nossa insuficiência humana que podemos alcançar uma força divina que nos é oferecida por meio do seu amor, assim como o exemplo do 7x1, onde o altivo confiante foi derrotado pelo humilde superior.

É APENAS no EVANGELHO que quando somos fracos é que somos fortes.

Soli Deo Glória.

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