Nisso exultais, ainda que agora sejais necessariamente afligidos por várias provações por um pouco de tempo, para que a comprovação da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo.
I Pedro 1: 6-7
por Sandro VS
O que fazer quando o tratamento é mais doloroso do que o estado atual de sofrimento?
Só resta uma coisa: esperança.
Pedro convoca seus leitores a se alegrarem na viva esperança para a qual renasceram, isto é, a ressurreição.
E faz isto os convidando a entender a necessidade de todo o sofrimento que agora estão passando e que ainda devem passar.
O contexto é o de uma iminente perseguição que iria tornar a atividade cristã um tanto quanto difícil e, assim, a vida um tanto quanto cruel.
O texto grego sugere para a tradução literal de "várias provações por um pouco de tempo" a seguinte expressão: "quando o pior chegar ao pior", ou seja, quando o sofrimento chega ao limite da resistência.
Para explicar a intensidade do que está querendo dizer o apóstolo usa o exemplo da purificação do ouro, dizendo que assim como o ouro mais refinado, que precisou ser derretido no fogo e solidificado na água fria quantas vezes foram necessárias para que se eliminasse todas as suas impurezas e imperfeições, a preciosidade fé também deve ser forjada no pior que revela no pior ainda maior.
De maneira que, assim como o bem que nos foi prometido pelo Cristo do Evangelho geralmente se esconde em processos ruins da nossa existência, a esperança que assegura o glorioso e honroso final dessa existência deverá se revelar como a habilidade de suportar o pior que anuncia o pior.
Assim, é APENAS no EVANGELHO que o sofrimento intensificado se revelará como a garantia do melhor que se pode alcançar.
Soli Deo Glória!
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