Não há dúvida de que foi o Apóstolo Paulo quem escreveu a Carta aos Romanos. A igreja em Roma não foi fundada por ele, por isso a sua longa apresentação aos Romanos. Provavelmente a igreja foi fundada por pessoas de Roma que ouviram a mensagem de Pedro no Pentecostes, se converteram, e levaram-na de volta para Roma, não como uma obra missionária, mas como o começo inevitável de encontros de pessoas do Evangelho. 

É interessante observar que a igreja em Roma era constituída de judeus e gentios, o conteúdo da carta fala a esses dois públicos. Apesar de falarmos da igreja em Roma, não havia apenas uma igreja, mas várias igrejas espalhadas pela cidade. A carta deveria ser lida em cada igreja. (Romanos 16) 

Provavelmente Paulo estava em Corinto quando escreveu a Carta aos Romanos, entre 55 e 57, seu objetivo era mostrar o Evangelho que cria aos irmãos e ter neles uma base de apoio para a sua missão na Espanha. De Corinto, ele partiria para Jerusalém levar uma coleta para a igreja. A carta foi ditada a Tércio. Quem leva a Carta aos Romanos é uma serva do Senhor chamada Febe. 

Paulo já é um homem maduro quando escreve a carta e mostra toda a profundidade da sua vida com Jesus em palavras. Ele está no auge de sua produção teológica. É o fim da terceira viagem missionária. Antes de aos Romanos, escreveu as duas cartas aos Coríntios, Gálatas e talvez Filipenses. O tema da carta é o Evangelho de Jesus Cristo, o seu Salvador. É o Evangelho segundo Paulo. Em Romanos 1.16,17, encontramos o tema. 

Quem é o homem do Evangelho? Paulo sabia o que era ser separado para alguma coisa antes da conversão. Ele era um Zeloso Fariseu. Um homem que tinha o estilo de vida da religião de Israel. Profundo conhecedor das Escrituras. Alguns estudiosos dizem que ele decorou a Escritura Judaica. A palavra fariseu significa separado. Ao se apresentar aos Romanos, ele se considera alguém separado para o Evangelho de Deus. Agora o zelo dele seria outro. O encontro com Cristo na estrada de Damasco mudou a sua vida. Paulo usa a palavra separado que faz lembrar a raiz da palavra fariseu. Paulo viveu com zelo para o evangelho de Deus. 

Sendo Paulo separado para o evangelho de Deus, tornou-se escravo de Jesus Cristo e entendeu o seu chamado apostólico. Para a mente romana, escravo era uma posição de subserviência. Paulo mostra toda a humildade que o Evangelho nos ensina. E como Apóstolo mostra sua autoridade e missão. 

Paulo conhecia o Evangelho. Sabia que a boa noticia de Deus foi prometida no Antigo Testamento. Paulo sabia que o Evangelho de Deus era sobre a revelação da Trindade. Dizia respeito a Jesus, Filho de Deus, que era o Deus encarnado. Temos as duas naturezas de Cristo reveladas por Paulo; dizia respeito ao Espírito Santo. Jesus foi designado Filho de Deus segundo o Espírito de santidade. Karl Barth diz que é o Espírito Santo; dizia respeito a Deus. Jesus é o Filho de Deus. Aqui temos a essência e o conteúdo do Evangelho. 

Sobre os Romanos, Paulo, o homem do evangelho, diz duas coisas interessantes: Que eles eram chamados para pertencer a Jesus e chamados para ser santos. Pessoas do Evangelho reconhecem outras pessoas do Evangelho. 

Quais eram as relações do Evangelho? Paulo tinha gratidão pela vida dos irmãos de Roma porque a fé deles era proclamada no mundo inteiro. Isso era digno de gratidão por causa da corrupção moral da capital do Império. Paulo, no Evangelho, orava para que Deus concedesse uma oportunidade de visitar os irmãos. 

Relações do Evangelho são relações com propósitos. Paulo queria repartir dom espiritual para trazer fortalecimento aos irmãos. Paulo queria servir os irmãos com aquilo que Deus havia dado a ele. O Apóstolo queria experimentar consolação mútua por meio da fé. Paulo não queria apenas dar, mas receber consolação. O Evangelho é uma troca de consolação. Os irmãos, por meio do evangelho consolam-se mutuamente. 

Paulo queria conseguir algum fruto como conseguiu em outros lugares. Paulo era um missionário. Do mesmo modo que pessoas se converteram por meio de sua pregação em outros lugares, queria que pessoas se convertessem em Roma. Paulo queria anuncio e Evangelho em Roma para esse salvar vidas. Todos podem ser salvos. O mundo gentio pode ser alvo pelo poder de Deus. Paulo já queria ter estado com os irmãos, mas foi impedido e expressa novamente o desejo de estra com eles. 

Qual é o poder do Evangelho? Paulo não se envergonhava do Evangelho. O motivo que fazia Paulo desejar ir à Roma era que não se envergonhava do Evangelho. O evangelho era loucura para os gregos e escândalo para os judeus. Mesmo assim, Paulo não tinha vergonha do Evangelho. A ideia é que ele se orgulhava do Evangelho e assim o pregava. 

O fato é que o Evangelho é o poder de Deus. Ou seja, a força de Deus para a salvação do que crê, isto é, de todos que tiverem fé. Assim, judeus para os quais Jesus veio primeiro e gregos, significando dizer todos. 

A justiça que justifica o pecador é a justiça que se revela no Evangelho. Com isso, Paulo quer dizer que o entendimento para a salvação é dado ao que crê por meio do Evangelho. A justiça, nesse caso, não é somente um atributo de Deus, mas uma justiça em operação no coração do pecador para justificá-lo para que ele viva como justo de Deus. A justiça de Deus é a condição que o pecador tem no Evangelho. 

É pela fé somente que o justo deve viver. De fé em fé. O justo viverá pela sua fidelidade ao Deus que é fiel que o justificou no Evangelho. O justo vive da fidelidade de Deus que o torna fiel. 

A Citação de Habacuque aqui mostra como deve ser a vida do justificado pela fé somente. A fé não é caminho para a vida, mas para a justificação do pecador. Esse justificado vive de fé em fé. Fé ocorre 25 vezes nos capítulos 1-4 de Romanos e vida 2 vezes. 

É isso que o Evangelho de Deus proporciona a quem se aproxima do Apenas Evangelho.