É fazer o sacrifício de negar-se a si mesmo, imitando Aquele que sacrificialmente negou-se até a morte. 

Fazer parte do reino também é reconhecer e usufruir da Sua preciosidade, é não achar que agora se tornou príncipe ou princesa e que terá toda a sorte de bens materiais que este Reino, supostamente, pode dar, mas, entender que todos os bens disponíveis deste Reino são abstratos, pois este Reino é amor e amor não se compra, é paz e paz não se vende, é fé e fé não se empresta, e é alegria e alegria não se aluga. 

Fazer parte deste Reino é assumir que pertence a ele e não o contrário, pois, se foi ele quem, pela rede do Evangelho, nos arrastou e nos separou, nós é que somos Dele, assim, é entender que vale a pena sacrificar diariamente tudo para ser achado Nele. 

Fazer parte deste Reino, também é caminhar na eternidade sabendo que, assim como seu Rei, este Reino nunca nasceu e nunca morrerá, mas é eterno, e é exatamente o fato Dele ser atemporal que permite que se tirem coisas velhas e novas dele, portanto, é entender que não se envelhece e nem se torna inútil nele, mas permanece novo e atual como Ele é. 

É ver-se como eterno cidadão do eterno Reino do Rei eterno. 

Enfim, ao encontrá-lo, logo abandonamos tudo por ele, porque vemos nele a maior preciosidade que se pode possuir, ao pertencermos a ele, não voltamos mais a ser súditos de qualquer Reino que seja, e ao caminharmos nele criamos a consciência de que, como este Reino, não teremos mais fim. Vivemos em um estado de paz mesmo em meio às guerras e confiamos na Sua justiça mesmo em meio às injustiças, pois o salmista já disse: 

"O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; cetro de eqüidade é o cetro do teu reino". 

Soli Deo Glória!