DÍVIDA ATIVA.

13:21Apenas Evangelho

Não fiqueis devendo coisa alguma a ninguém, a não ser o amor de uns para com os outros, pois quem ama o próximo tem cumprido a lei.
Romanos 13:8
















por Sandro VS


A carta aos romanos tem sua aplicação a partir do capítulo doze. 

Todos os arrazoados teológicos de Paulo, por mais peso que tivessem, ficariam suspensos se o apóstolo não incentivasse os cristãos a aplicarem tais demandas na vida, por isso ele encerra a carta dedicando parte dela a conselhos práticos. 

No capítulo treze Paulo fala da importância dos cristãos respeitarem o governo vigente, pois os cristãos eram sempre tentados a se orgulharem da posição de “filhos de Deus” a ponto de se acharem no direito de não obedecer a um governo que não confessasse sua fé, por isso o apóstolo diz que não existe governo que não seja instituído por Deus e assim ao revoltar-se contra qualquer um era o mesmo que revoltar-se contra Deus. 

Outro argumento de Paulo para basear esta submissão que os cristãos deveriam ter era que só temia o governo aquele que fazia o mal, isto é, as autoridades do governo eram instrumentos da justiça de Deus para punir os que fazem o mal, assim, “não queres temer as autoridades? Faze o bem e receberá o louvor dela” (Romanos 13:3). Paulo encerra dizendo que, por estas duas razões, todo o cristão deve pagar tributos, impostos, respeito e honra a cada um daqueles que devem receber tudo isto. 

Mas mesmo insistindo que todos cristãos não devam nenhuma destas coisas a ninguém que as merece receber, existe uma dívida que sempre estará ativa na vida do cristão, a dívida de amor. 

Ou seja, “paguem todos os impostos e tributos para não serem achados por aqueles que vos governam como devedores rebeldes, mas sintam-se sempre seus devedores quando a dívida for o amor”. 

Paulo sugere que se a lei dos homens cobra impostos, tributos, respeito e honra dos seus governados, a lei de Deus que rege todo o homem convertido cobra apenas uma coisa, amor, assim única dívida que o cristão deve pagar todos os dias, e, entretanto, ao mesmo tempo, continuará devendo sempre é a sua dívida de amor para com todos. 

Se a obra de Deus, segundo Jesus, consiste em crer “naquele que Ele enviou”, ou seja, no próprio Jesus como o Cristo de Deus, a continuação desta obra na vida é amar a todos com se ama a si mesmo e, como nunca deixaremos de nos amar, também deveremos este amor aos outros sempre. 

Há uma famosa declaração de Agostinho que cabe bem aqui: 

"Ame a Deus e faça o que quiser", a qual eu acrescentaria “afinal, o amor não faz mal a ninguém”. 

Soli Deo Glória!

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