RELIGIÃO, O CULTO DA APARÊNCIA.

11:23Apenas Evangelho


Leiam Mateus 21: 23-32



















por Sandro VS


"O disfarce mais terrível é ter o rosto de anjo para encobrir um coração de diabo". E. John A. Mackcay. 

Uma coisa é parecer, outra, muito diferente, é ser. 

Neste contexto Jesus propõe esta história aos religiosos de sua época, isto é, ao ouvirem os ensinamentos de Jesus, os religiosos exigiram saber de onde vinha a permissão para que afirmasse suas interpretações acerca da lei e dos profetas tão categoricamente. 

A resposta de Jesus é tanto uma forma de não se dobrar às suas indagações impertinentes quanto uma maneira de não precipitar os acontecimentos, pois, muitas revelações ainda estavam em curso. 

Assim, a resposta de Jesus é uma pergunta que sempre colocou tais religiosos em embaraço, ou seja, João Batista. 

O dilema consistia em que ao afirmar o ministério de João Batista como sendo de origem divina, teriam que confessar Jesus como o Cristo, pois este era o centro da mensagem de João, mas se negassem a origem divina de seu ministério, enfrentariam a ira do povo, porque o povo estava convencido de que João era o mensageiro de Deus. 


A saída dos religiosos foi dissimular e não responder o óbvio, assim, convenientemente, se fazem de ignorantes, ao que Jesus então mostra o que de fato eles são, propondo-lhes uma história. 

Um pai tem dois filhos e faz um pedido simples aos dois, pede para que trabalhem por um dia em sua vinha. 

O primeiro mostra uma espontaneidade, mas para pronunciar um solene "NÃO QUERO"! Não dá desculpas e nem explicações, apenas expõe sua indisposição.

Porém, não demora muito e ele pensa no que fez, pois em nenhum momento o pai usou de sua autoridade paternal para obrigá-lo a ir, mas, cordialmente apenas pediu para que fosse, portanto, depois de arrependido de sua atitude, foi. 

O segundo, todo voluntarioso e prestativo, anexa a sua resposta uma reverência irresistível, "Sim, Senhor!". Mas apesar de toda espontaneidade e respeito ele não vai. 

A pergunta de Jesus é simples e direta: "qual dos dois fez a vontade do pai?" e, da mesma forma, a resposta foi óbvia: "o primeiro". 

Assim Jesus os faz confessar sua hipocrisia, pois afirmaram-se tão diligentes em conhecer a vontade de Deus, mas ao mesmo tempo tão relapsos em cumpri-la.

Vale lembrar que nenhuma das duas personagens é modelo de conduta, isto é, tanto o primeiro quanto o segundo filho são imperfeitos diante do pai, pois os dois não obedeceram quando convocados. 


A religião cultua a aparência, isto é, o "SIM, SENHOR!" que visa à boa impressão para adquirir o bom conceito alheio, mas que nunca atua como desejo de fazer o que o Senhor manda simplesmente por fazer. 

O Evangelho não despreza a conduta, desde que esteja fundamentada na inteireza de coração, por isso, perdoa a intransigência súbita que se converte em arrependimento sincero depois de filtrada pela FÉ. 

Assim, quem vive APENAS o EVANGELHO deve tanto lutar diariamente para abandonar o seu "não" deliberado quanto lutar diariamente para nunca abandonar seu "arrependimento sincero"

Soli Deo Glória!

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